domingo, 26 de fevereiro de 2012

Woooody - Meia-noite em Paris

Seria errôneo chamar Meia-noite em Paris de Rosa Púrpura do Cairo part. II?

Ambos filmes tem o artifício principal em comum: realismo fantástico. Em Meia-noite em Paris, Gil (Owen Wilson) - coincidentemente o mesmo nome do protagonista de Rosa Purpura - está descansando na cidade e visitando os lugares onde seus ídolos do passado estiveram. Ídolos dos anos 20. 
Conforme a história passa algo fantástico acontece: Gil encontra um local onde pode voltar aos anos 20 e conhecer o íntimo de cada artista que é apaixonado. Allen não surpreende. Como de costume, o filme conta com uma incrível fotografia - auxiliada é claro, pela arquitetura incrível de Paris. Uma fotografia tão bem feita, que você sente-se em Paris. Woody é perfeito o bastante para manter todos diálogos cativantes e criar um romance utópico, entre passado e presente. Além, é claro, das referências históricas e aprendizados sobre a cultura europeia. 

O longa é natural, não tem uma história confusa e nem travada, apesar de no final ficar um pouco apressado. A crítica à nostalgia é ótima. Allen não nega que precisamos de lembranças, que às vezes viver um passado pode ser bom. Mas ressalta que viver o presente é necessário e que cada tempo teve seus altos e baixos.  

O filme é adorável e bem produzido, é o reflexo de Woody Allen em forma de filme, mas não é um forte candidato a melhor filme. Minha aposta, para ele, é como roteiro original.

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